![]() MEIO AMBIENTE
É manhã! Suavemente afasto o velho e rendilhado cortinado. Fulgurante, o raio solar atravessa o quarto friorento. Extensa, produtiva, a planície abençoada é um céu aberto como bailado... A evolução das cândidas aves no espaço, não só a mim, tanto empolgam. O vento tão brandamente avança e onduleia o trigal, o arvoredo, as papoulas. Além, curvilíneo, límpido, o rio desliza e suas águas sussurram em direção ao verde-mar. À distância, se descortina o casario do minúsculo lugarejo. Madrugadores, o campônio e o burrico vão para a labuta na certeza da vitória! O solo é remexido e a semente penetrada. À tona, do Todo-poderoso, do suor no rosto, a colheita será o sustentáculo. A boiada esfomeada trilha o habitual caminho e, exposto, o verde pasto à mercê, é devorado. O potro, já relincha, sacoleja e se lança à natureza. Longe, bem longe... A montanha imponente, enigmática! Os cumes, temporariamente cobertos de lençóis gélidos da densa nevasca e, por encantamento nas faldas: O borbulhar da água cristalina e o rio começa. Perto do casarão, o alegre pintassilgo saltita e logo encanta do soante gorjear, Como o roseiral esplendoroso é atração! Na extensa varanda, dispersos e toscos assentos talhados a um repouso confortante, bem como o serpenteio da florida trepadeira, atuam tal terapia. O perfume que inala embriaga! Mãos calejadas se bem que carinhosas afagam o velho cão. Subitamente meus olhos lacrimejam. O cenário é extasiante... Louvado seja: NOSSO CRIADOR! José Pais de Moura Simões Niterói/Setembro/2011 Zé Pais é um amigo que conheci a pouco tempo, mas que a empatia já o tornou meu conhecido de longas poesias. Abraço forte Zé. Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 27/09/2011
Alterado em 31/05/2013 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|