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Ela não veio
Esperei na esquina, esperei na praça O tempo parava e nada mudava A rua vazia falava de ausência A tarde morria na minha impaciência. Ela não veio, e o vento sabia Soprava mais frio, cortava o meu dia Os passos alheios dançavam sozinhos E eu, esquecido, contando os caminhos. O céu desbotava em tons de saudade O chão parecia perder toda gravidade Meu peito pesava -tão cheio do nada Meus olhos gritavam numa lágrima calada. E a noite chegou sem dar explicação Sombria e amarga, vazia de som Voltei sem resposta, um tanto sem jeito O nome que, em vão, tatuei em meu peito.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 01/02/2025
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