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Teus braços, meu céu
Amo-te tanto, e tanto, é tão pouco Que em minha alma a sede persiste Como um rio que em febre se atira Ao mar que o chama e nunca o assiste. És o grito que ecoa em meu peito A dor que em versos se desfaz O lume ardente em noite escura A febre doce em corpo contumaz. Se vens, sou aurora em lume de estrelas Se partes, sou sombra, pranto, abandono Teu nome é prece, meu corpo, espera Teu beijo é o vento do meu outono. E se um dia, por fim, me esqueceres Se fores longe e não voltares Hei de seguir-te, espectro errante Nos sonhos que um dia sonhares.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 22/02/2025
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