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Amor de chão rachado
Te espero como quem espera a chuva Olhando o céu sem promessa Roendo a seca no peito Num padecer que não cessa. Te quero com a fome bruta De quem não tem outra escolha Feito raiz que se agarra à terra Feito vento que deita a folha. Se vens, sou planta que brota Verdejando esperança e fé Se não vens, sou terra morta Rachada, gritando em pé. E se um dia me esqueceres Não peça que eu te esqueça Pois, o amor que nasce na seca Vira espinho antes que floresça.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 24/02/2025
Alterado em 24/02/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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