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Máquina do Tempo
No silêncio das paredes, eu, reloginho antigo,
Guardo segredos de tempos já idos, Entre arcos de sombra e luz que esculpo, Desenhando horas como se fossem suspiros. Minhas mãos, como ponteiros de mármore, Traçam o destino em cada tic e tac, Erguendo catedrais de instantes e memórias, Onde o tempo é arquiteto, sábio e sagaz. Cada batida é uma pedra em construção, Num edifício de sonhos e de eternidade, Onde cada segundo se faz oração, E o passado? Ah, o passado ecoa com sublime claridade. Vem, viajante, ouvir meu canto silente, De bronze e madeira, um relicário encantado, Pois o tempo, em seu compasso imponente, É o eterno poema que ninguém, poeta, Conseguiu entender.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 28/02/2025
Alterado em 06/03/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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