![]()
Sonhos de Marfim
Sonhei que a vida era um claro devaneio,
Feito de luz, de sombras e de pranto. Um céu bordado em luto e anseio, Onde o sofrer é doce como um canto. Sonhei-me belo, altivo e resplendente, Feito de estrelas, de fogo e de luar. Mas era tudo um rastro incandescente, Um ai, perdido na esquina do mar. Ah! Sonhos vãos, de seda e tempestade, Que me embalam na dor e no desejo! Eu sou castelo erguido à falsidade, Sorriso morto no lábio de um beijo. E sigo só, num mar que me condena, Sonhando de sina em sina - que pena!
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 10/03/2025
Alterado em 24/03/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|