![]() Três Santos em Um
Oração às Almas Santas
Senhor, Fonte inesgotável de ternura e luz Ajoelhados em espírito Invocamos aqueles que fizeram da humildade sua coroa Do amor, sua estrada E da dor, sua escada para o Céu.
Ó João Evangelista, discípulo amado Que repousaste teu coração no peito do Cristo Ensina-nos a amar com pureza A crer mesmo nas noites escuras E a escrever em nossas vidas, as palavras vivas do Evangelho Cristão.
Ó Francisco de Assis, pobre entre os pobres Amigo das aves, dos ventos e dos irmãos esquecidos Ensina-nos a renunciar ao orgulho A abraçar o sofrimento com alegria E a ver, em cada criatura, o rosto invisível de Deus.
Ó Chico Xavier, Mãos que nunca se cansaram de doar, Voz que nunca se calou na esperança, Coração que nunca se poupou ao amor. Ensina-nos a servir sem esperar recompensas, A sorrir mesmo entre lágrimas e a crer Mesmo quando tudo parecer perdido.
Três faróis acesos na mesma Luz, Três passos de um só caminho, Três asas sopradas pelo sopro divino!
Que vossa proteção nos cubra, Que vossa inspiração nos guie E que vossa fé nos sustente Nos dias de dor e de provação.
Que em cada gesto de bondade, Em cada oração silenciosa, Em cada lágrima de saudade, Possamos ouvir vossas vozes sussurrando: "Ama e segue, porque Deus é contigo."
Assim seja!
Notem a semelhança e a doçura no olhar das três Almas Santas.
Há linhas de estudo que afirmam que João Batista Evangelista, discípulo mais novo de Jesus, por perseguição aos cristãos, se refugiou na ilha de Patmos, onde escreveu o livro da Revelação. Viveu até a idade avançada e, para escondê-lo dos seus perseguidores, os habitantes da Ilha o chamavam de (Velho Francisco). Assim, podemos notar que essas três almas santas, reencarnadas com diferença de milênios, receberam, em algum momento, o mesmo nome de Francisco.
Emmanuel, mentor e companheiro espirital de Francisco Xavier, em uma das cartas psicografadas, afirmou: "Não vos esqueçais de que Ele, que agora caminha entre vós com passos trôpegos e olhar cansado, é o mesmo que no passado se reclinava ao peito do Cristo e ouviu Dele, os segredos do amor eterno".
Particularmente, tenho São Francisco, como mestre e protetor, sobretudo nas horas em que, na minha profissão, enfrento momentos difíceis. Sempre antes de executar um ato cirúrgico mais complexo em um paciente, elevo meu pensamento a São Francisco, pedindo-lhe que guie minhas mãos para que tudo dê certo.
Sobre Chico Xavier, reconheci nele uma alma santificada, no dia em que, por demais debilitado, respiração dificultosa, voz quase inexistente de tão fraca e ainda assim, ao ser indagado por um repórter, quando Ele, amparado, se dirigia ao hospital pela última vez, lhe perguntou: E aí Chico, como você está? Chico virou-se lentamente em direção ao microfone, nas mãos do repórter, e disse: "Dizem que eu estou muito mal, abriu um sorriso e completou, mas eu nunca me senti tão bem!"
Ali, reconheci que naquele corpo franzino, depauperado, existia uma alma de luz grandiosa, talvez a mais evoluída de nossa época.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 29/04/2025
Alterado em 29/04/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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