![]() A Fábula da Matemática do Amor.
No reino cartesiano da quinta dimensão morava uma parábola tímida, ∩, que andava por aí, entre silêncio e rimas. Tinha os eixos como guias Mas seu coração queria Sentir algo além de raízes e vértices.
Numa tarde em que o Seno Brincava com o Cosseno E o ângulo agudo cochilava sobre um trapézio. Eis que surge a Tangente — debochada e atrevida Propondo um sistema afetivo equacional.
Um triângulo amoroso onde (X) fosse a mulher E (Y) fosse quem bem-quisesse e a Tangente Uma parceira inconsequente para o que der e vier Para que, juntos, resolvessem o mistério Das paralelas que nunca se tocam ... Seria por medo?
A Parábola tímida sorriu Abriu suas concavidades ao novo E juntou-se ao (X) e (Y) num triângulo amoroso Para traçarem uma função exponencial Subindo aos céus como logaritmos apaixonados Refletidos nos espelhos de um número irracional.
Na dúvida, uma variável independente e sombria Com suas derivações de dor, pondera: Vocês se cruzam, mas não se entendem São apenas, interseções passageiras…
Foi quando, então, o Infinito apareceu Sem fim, sem começo, afirmando: Na matemática do amor, não se precisa de evidência. Basta um axioma grudado no peito E um, eu Te amo, na oração.
Assim seguiram: cromossomos (X) e (Y), Tangente e Parábola Resolvendo os sistemas da vida, integrando passado e presente na curva mais ousada do tempo.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 28/05/2025
Alterado em 02/06/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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