![]() No Passo da Madrugada.
Ela já vem com o dedo em riste Quando boto o pé na pista Diz que sumo e que eu não presto Que minha vida é só de esquina...
Mas eu tava é no pagode Lá no barraco da Tia Nega Comendo feijão na tampa Virando samba na biqueira.
A madruga é meu refúgio Meu terreiro de ilusão Mas o peito aqui é dela Ainda que na contramão...
Chego de leve no sapatinho Com a camisa cheirando a salão Ela me esperando toda armada Com ciúme e coração.
Refrão: Chego no passo da madrugada Tomando esporro com doçura Ela me bate com carinho E me xinga com ternura... Diz que sou um malandro à toa Mas só dorme se eu chegar... Aí é briga, beijo é samba pra todo lado Até que o sol venha se espreguiçar...
Diz que olho pra muitas negas Mas quem dança, sou eu, neguinha Coração de vagabundo Também tem dona e tem rainha.
Chego no passo da madrugada Com o cavaco na cintura E ela, cheia de razão Me dando amor com amargura E nós vivendo essa novela Que ninguém vai cancelar… Entre o tapa e o beijo, amor Esse samba nunca vai acabar.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 02/07/2025
Alterado em 02/07/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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